A Carta a El Rei D. Manuel
Carta escrita por Pero Vaz de Caminha a Dom Manuel, Rei de Portugal, em 1º de maio de 1500.
Senhor,
Posto que o Capitão-mor desta Vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a notícia do achamento desta Vossa terra nova, que se agora nesta navegação achou, não deixarei de também dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que — para o bem contar e falar — o saiba pior que todos fazer!
[…]
Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro-e- Minho, porque neste tempo d’agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!
[…]
Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500. Pero Vaz de Caminha.
Original da Carta

Você pode acessar os documentos de referência deste artigo aqui neste link.
Um zoom sobre a carta de Caminha
[…]
Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro-e- Minho, porque neste tempo d’agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!
[…]
Esta carta é o primeiro documento oficial da história do Brasil. Nela, Pero Vaz de Caminha relata ao rei de Portugal aquilo que viu e lhe pareceu, na primeira semana após a descoberta, em 22 de abril de 1500.
Quando se fala de nossa “Terra Brasilis” sempre se ouve que “Aqui em se plantando, tudo dá”. Mas o curioso é que há nesta frase uma omissão imperdoável em relação a quem escreveu, Pero Vaz de Caminha, no seguinte trecho da carta “Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!”
MORAL DA HISTÓRIA (Segundo meu ponto de vista)
A água que é um elemento absolutamente fundamental e imprescindível, para que a terra produza, é simplesmente omitida na nossa cultura popular.
Tanto isso é verdade, que a disponibilidade de água define o valor econômico de uma propriedade rural.
Fomos educados, de forma a subestimar a importância da água, desde os primórdios da nossa nação.
Este é um dos primeiros recortes da História do Brasil que apresento para por luz sobre os fatos e suas consequências para o Brasil e para os brasileiros.
Fiat Lux : Educar é preciso !!!