A Educação e a Guerra do Paraguai

Artigo desenvolvido a partir de percepções do conteúdo da obra:

GIOVANNI, Cristina V.; JUNQUEIRA, Zilda A.; TUONO, Sílvia G. (p.16 a p.21) História: compreender para aprender. São Paulo: FTD 1998. 8ª série do Ensino Fundamental.

Motivos da Guerra do Paraguai

No sec. XIX o estuário do Rio da Prata era uma importante região de comércio internacional e os ingleses procuravam aumentar seu comércio com os países da América do Sul. A Argentina, o Uruguai e o Paraguai eram os países que junto com a província brasileira do Rio Grande do Sul, exportavam seus produtos através desse estuário.

O Paraguai foi o primeiro país sul-americano a desenvolver suas industrias. Produzia os alimentos necessários para o consumo de sua população. O governo paraguaio preocupou-se com a educação básica de seu povo. Em 1840, praticamente não havia analfabetos no Paraguai.

Nessa época, com objetivo de modernizar o Paraguai e promover sua indústria, o governo mandou buscar técnicos no exterior e atraiu para lá engenheiros, arquitetos, médicos, instrutores militares e educadores de vários países europeus, além de brasileiros e argentinos. Incentivou também a ida de jovens paraguaios ao exterior para estudar e se especializar em diversas áreas.

O povo paraguaio participou desse processo de desenvolvimento e tinha grande respeito pelas obras públicas que estavam transformando seu país na mais próspera e moderna República sul-americana.

O exemplo do Paraguai preocupava os ingleses, que não só tinham interesse na bacia do Prata como também queriam manter o domínio econômico sobre o Brasil e a Argentina.

Em 23 de dezembro de 1864 teve início a Guerra do Paraguai. Em 1° de maio de 1865, o Brasil, o Uruguai e a Argentina assinaram o tratado da Tríplice Aliança, contra o Paraguai. A Inglaterra fez empréstimos aos aliados, que assim tiveram recursos para a guerra. Desse modo, poderiam derrotar os paraguaios e acabar com os temores ingleses em relação à nação americana que era “mau exemplo” para as outras.

A guerra durou cinco anos e terminou com a morte de Francisco Solano Lopez em 1870.

Os resultados da Guerra do Paraguai

No início da guerra, a população paraguaia era de 1.300.000 habitantes. No final, com boa parte de sua população dizimada, restaram poucos homens e mais da metade deles tinha menos de 10 anos. O Paraguai perdeu partes de seu território para o Brasil e para a Argentina e se tornou apenas um outro país agroexportador na América Latina.

O Brasil, além de perder dezenas de milhares de homens na guerra, teve sua dívida externa muito aumentada, principalmente com a Inglaterra. O Uruguai e a Argentina também ficaram com sua dívida externa maior e continuaram economicamente dependentes, ligados principalmente à Inglaterra, a maior beneficiária nessa guerra.

GIOVANNI, Cristina V.; JUNQUEIRA, Zilda A.; TUONO, Sílvia G. (p.16 a p.21) História: compreender para aprender. São Paulo: FTD 1998. 8ª série Ensino Fundamental

Para acessar as páginas citadas, clique aqui.

MORAL DA HISTÓRIA (Segundo meu ponto de vista)

A EDUCAÇÃO dos paraguaios que serviu de base para o desenvolvimento da nação foi eficaz e tratada como “mau exemplo” pelos ingleses. ESSE FOI O MOTIVO REAL PARA A GUERRA.

A Tríplice Aliança simplesmente destruiu o sonho paraguaio e dizimou sua população, além das perdas humanas significativas também por parte das forças aliadas.

Brasil, Uruguai e Argentina, aumentaram sua dívida externa por causa da guerra e ficaram endividados e mais dependentes da Inglaterra do que eram antes da guerra. Ou seja, OS TRÊS SAIRAM PERDENDO.

A Inglaterra ficou com o domínio do mercado da bacia do Prata e ainda saiu credora dos “vencedores” da guerra. Ou seja, quem saiu ganhando foi a Inglaterra.

Resumo da ópera: Três países sul-americanos fazem guerra com seu vizinho e os ingleses ficam com o “lucro”.

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Vitor
Vitor
2 anos atrás

Ótimo artigo!